Participo em um grupo de rede social que se dedica a trocar fotos antigas de Florianópolis. É comum alguém postar uma foto de um prédio histórico abandonado e logo vir o comentário:
— Poderia ser um centro cultural.
É bem intencionado quem escreve isso. A pessoa prefere que o lugar exiba arte, conhecimento histórico ou conceitos científicos a ser descaracterizado em mais uma farmácia de rede.
Na verdade, não faltam espaços culturais em Florianópolis, públicos ou privados. Só de artes visuais, consigo listar mais de dez: o CIC (com quatro espaços expositivos), a Fundação Cultural Badesc, o Museu Histórico de Santa Catarina, a galeria Helena Fretta, as duas galerias da Assembleia Legislativa, o Mesc, o Instituto Collaço Paulo, o BRDE, o Museu Victor Meirelles, o Centro Cultural Bento Silvério, a Casa Açoriana, o Museu de Florianópolis Sérgio Grando e outros de que não estou lembrando.
E há dois meses, a lista se ampliou com o Centro Cultural Veras, no Córrego Grande, o que faz dele um dos poucos fora do Centro. O objetivo é que seja um “espaço múltiplo e transcultural”, com atuação não só nas artes, mas também em yoga, educação e sustentabilidade.
Com cinco pavimentos mais um terraço, o prédio de arquitetura contemporânea se destaca no bairro. Há espaço para exposições e cursos, uma sala de yoga e estrutura para exibição de audiovisuais. A Cantina Ananda, de culinária vegana, se insere dentro da proposta de integrar uma rede de produtores locais de alimentos sem veneno.
O projeto foi idealizado pelo curador de arte Josué Mattos e é mantido por uma associação sem fins lucrativos. O Veras está em fase de montagem da programação e de captação de recursos (por um programa que permite que empresas apoiem projetos culturais catarinenses através de renúncia do ICMS).
As possibilidades estão abertas!
Sobre o desenho
O Centro Cultural Veras generosamente abriu o espaço para o 85º encontro do Urban Sketchers Florianópolis em uma tarde de sábado, no dia 8 de outubro de 2022. Aproximadamente 45 participantes ocuparam a rua e os espaços internos do prédio para retratá-lo em vários estilos.
O que eu usei:
- Tira-linhas Dreaming Dogs nº 5 (“Leeloo”)
- Nanquim tipo sumi
- Papel A3 Hahnemühle Veneto 325 g/m²
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