Para desenhar na rua, com chuva, é preciso habilidades extras. Se o lugar escolhido não tiver uma marquise ou cobertura, você vai ter de segurar um guarda-chuva, manter os materiais à mão e apoiar o caderno. O desenho você faz com a mão que sobrar.
Por essas e outras que os atuais organizadores do Urban Sketchers Florianópolis – categoria na qual me incluo – adiam uma sessão quando o tempo parece que não vai cooperar. Hoje, perto do meio dia, a previsão dava 30% de chance de chuva. Se fosse um encontro normal, teríamos transferido e todo mundo ficaria em casa tomando chá.
Mas hoje foi dia do #sketchtogether, um evento mundial de 24 horas de desenho no Instagram. Começou nas primeiras horas deste domingo com os grupos de Urban Sketchers da Ásia e Oceania e terminou nas Américas. A conta oficial do movimento ficou responsável por repostar as imagens publicadas com as hashtags do evento.
Caçando casas
Em Florianópolis, o encontro foi na Chácara do Espanha, região do Centro delimitada pelas ruas Dorval Melchíades de Souza, Lacerda Coutinho, Marechal Guilherme e Nereu Ramos (veja o mapa).
O portão da Escola Lauro Müller marcava a entrada da antiga chácara. Na área, são poucas as casas antigas que resistiram à sanha das construtoras. Várias já foram abaixo, substituídas por construções muito feias.
Foi uma dessas casas que escolhi desenhar, na rua Coronel Melo Alvim. Não parecia complexa e tem detalhes interessantes, como as colunas em espiral. É o estilo que chamam de neocolonial, como nesta outra, que registrei há alguns meses.
No fim, sujei o casaco com crayon branco no malabarismo com os materiais de desenho e descobri que o material borra quando o papel está molhado.
- Lapiseiras 5,6 mm com minas tipo crayon branca e preta
- Sketchbook caseiro 24 x 32 cm com papel kraft 110 g/m²
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