Às dez da manhã de um sábado de feriadão de Corpus Christi, havia pouca gente na praça Santo Antônio dos Anjos, no Centro Histórico. Achei um banco vazio, em frente a uma vaga de estacionamento também vazia.
É um bom sinal. As pessoas deveriam explorar sua cidade a pé e deixar o automóvel para quando for inevitável, como ao levar as crianças ao médico ou comprar um varal dobrável. Assim, evitam que um carro bloqueie a vista de quem está desenhando.
Na condição de turista, encontrei o suntuoso prédio de torre abobadada dirigindo nosso Renault Symbol 2010 pelas ruas de paralelepípedo minutos antes. Ao tentar encontrar o lugar de novo, lembrei que na fachada estava escrito “Congresso Lagunense”. Procurei no aplicativo de mapa por “congresso”, “câmara” e “assembleia”, mas nada de resultados.
Carol acabou encontrando à moda antiga: refazendo o trajeto de memória.
Quando chegamos, descobri por que não achei o lugar. Eu havia ignorado as iniciais “S. R.” gravadas no topo da fachada. O lugar não é nada menos que a respeitável sede da Sociedade Recreativa Congresso Lagunense.
Ou seja, onde gente engravatada ia tratar dos assuntos importantes da cidade. Moções de aplausos e nomes de ruas provavelmente eram decididos em instalações mais modestas.
- Caneta Uni Pin ponta fina
- Caderno Hahnemühle A4 140 g/m²
Este é o terceiro de uma série de cinco desenhos de uma viagem à cidade de Laguna, em Santa Catarina, em junho de 2019. Veja os outros:
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