Categoria: Urban Sketchers
-
Casarão da Presidente Coutinho: difícil de desenhar
No 70º encontro do Urban Sketchers Florianópolis, arrisquei desenhar na rua. Só que, diferente do casarão anterior, que ficava numa ruela pouco frequentada, o de hoje está plantado na rua Presidente Coutinho, uma daquelas vias de Florianópolis entre o centro e Beira-Mar cheia de prédios residenciais e comerciais, clínicas, padarias e uma galeria de arte.…
-
Desenhando com música (que eu não escolhi ouvir)
Tenho admiração por caricaturistas de eventos, retratistas de calçadão e outros profissionais que desenham em público com gente passando, sob o olhar dos curiosos e com música de fundo que nem sempre é suave. Em agosto de 2019, senti como é a experiência. Foi quando o Urban Sketchers Florianópolis combinou de fazer um encontro dentro…
-
O segundo desenho sempre sai melhor
Quem faz desenho de observação sabe que as primeiras tentativas saem um pouco duras. É por isso que as sessões de modelo vivo costumam iniciar com um “aquecimento”, sequências de poses de menos de três minutos para o cérebro entrar no modo de representação visual. No desenho de rua, a gente se perde nos detalhes…
-
Só faltou a merenda: um sábado à tarde na antiga escola Silveira de Souza
Quem passa a pé pela calçada estreita em frente do número 334 da rua Alves de Brito, no centro de Florianópolis, só consegue ver o muro alto pintado de rosa claro. É o endereço onde funcionou a antiga escola Silveira de Souza e que guarda as lembranças de quem estudou lá durante seus quase cem…
-
Boteco pelo menos não virou farmácia
Devo ter entrado na nesse casarão no fim da rua Esteves Júnior só uma vez na vida. É uma padaria chamada Padoka. Cheguei lá de shorts e camiseta suada depois uma corrida na avenida Beira-Mar. Interpretei que enfrentar dez quilômetros com o coração na boca me dava um salvo-conduto para atacar um pão de queijo,…
-
Desenhado mais um casarão à espera de ser demolido
Desenhar imóveis ameaçados de demolição está virando tema recorrente do Urban Sketchers Florianópolis. Quando ficamos sabendo que uma edificação de valor arquitetônico está abandonada ou foi arrematada por uma construtora, tratamos de registrá-la antes que vire poeira. É o caso deste casarão ao lado do Hemosc, no número 140 da rua Coronel Lopes Viêira, no…
-
Eu desenho, eles derrubam
Véspera das eleições de outubro de 2018. Eu estou sentado em frente de dois pequenos prédios residenciais na rua Martinho Calado, no centro de Florianópolis, na altura do número 100. Apoio um caderno no colo e seguro o pote de nanquim com a mão esquerda enquanto desenho as construções usando uma pena de bambu. Além…
-
Primeira praia do ano e adivinhe? Nublado
Primeiro de janeiro antes das oito da manhã na Armação, localidade afastada no sul da ilha de Florianópolis. Céu cinza escuro, água gelada e vento meio frio pra época. É de se pensar que fosse estar vazio. Que nada. Perto do pedaço da praia onde costumamos abrir as cadeiras, mais de cinquenta pessoas na faixa…
-
Desenhar no verão só precisa de papel, caneta e ar condicionado
Por causa do calor que ultrapassa os 30º C, o movimento de desenho de rua Urban Sketchers Florianópolis costuma dar uma pausa em janeiro e fevereiro. Duas horas de sol na cabeça pode dar insolação e queimaduras, e o suor ainda é capaz de manchar o papel 100% algodão dos aquarelistas mais refinados. Assim, nos…
-
Aeroporto: aqui o tempo não voa
Aviões deveriam encurtar viagens. Não dependem de estradas tortuosas, não param para os passageiros comerem misto quente, não enfrentam pedágios nem fazem pinga-pinga nas rodoviárias. Mas não há eficiência que resista a normas, procedimentos e um feriado. No dia depois do réveillon de 2020, lá estou no aeroporto de Guarulhos para embarcar em uma rota…
-
Como estragar um desenho em duas lições
1) Sente-se por uma hora e meia debaixo do sol. Ponha um caderno A3 de um quilo e meio no colo. Abra a caixa de pastéis secos, escolha cuidadosamente as cores e reflita com cuidado sobre como simplificar as formas. Alimente os borrachudos que rodeiam sua perna. Satisfeito? Então, em vez de fotografar a obra,…
-
Bosque Pedro Medeiros
A pouco mais da metade dessa obra-prima da arte ocidental, me quebra a ponta do lápis aquarelável. É o único instrumento que trouxe comigo além do pincel com água. É janeiro. Ainda estou de férias. Acordamos cedo, saímos de casa por sair, de vontade de respirar outros ares, e fomos conhecer o bosque Pedro Medeiros,…