O filme Vidas Passadas começa com as personagens Nora e Hae crianças na Coreia do Sul. Eles se anunciam como namoradinhos pouco antes dela emigrar com a família para o Canadá. Ele permaneceu em Seul.
Na faculdade, se acham no Facebook e passam a se falar por Skype. O relacionamento parece uma amizade, mas gera saudade, ciúme e cobranças. Nora decide encerrar os encontros virtuais.
Adultos, o agora engenheiro resolve visitar Nova Iorque, onde ela, dramaturga, mora. Combinam de se encontrar em um parque no Brooklin, com um carrossel antigo preservado e vista para a famosa ponte. Se limitam a falar sobre amenidades e perguntam sobre a vida um do outro com cuidado calculado. O inglês de Sung é ruim, conversam em coreano. O lugar é ponto de encontro de casais mas, entre eles, nada acontece. Ele está solteiro, ela se casou com um norte-americano.
Hae e Nora nunca começaram um relacionamento de verdade, nunca assumiram que o que eles tinham era, afinal, um relacionamento, e por isso nunca puseram um ponto final na situação.
O passo adiante que a plateia espera não acontece. Por que Nora chora no fim do filme? Por uma relação que nunca aconteceu? Por ter de aceitar um final para algo que era expectativa e fantasia?
Ou por ter de admitir que está ficando tarde demais para a outra vida em que eles se imaginam juntos na mesma cidade?
Sobre o cartaz
Este exercício é parte de uma série a que me propus em 2024: imaginar um cartaz para cada filme que eu assistir. Este é o quinto.
- iPad e Apple Pencil
- App Procreate
- 3.350 × 4.960 px
Deixe um comentário