Página do caderno com desenho em aquarela de ovas de tainha. Ao fundo, prato com as ovas que autor usou como modelo

Ovas de tainha

É no outono em Florianópolis que começa a temporada da tainha, peixe que aparece nos meses sem a letra “r” (maio a agosto). Sua pesca ainda é feita de forma artesanal pela técnica de cerco e a captura dos primeiros cardumes sempre sai na imprensa. A época também causa disputas entre pescadores e surfistas pelo uso da praia.

Dei sorte: a tainha que eu comprei pelo preço normal veio com ovas. Geralmente os vendedores cobram mais.

Quem é daqui do litoral de Santa Catarina tem um jeito preferido de preparar a iguaria, que na Itália é seca e salgada e ganha o nome de butarga (os japoneses também têm sua versão, chamada karasumi).

Em casa, fizemos farofa, que é rápido e fica bom. Basta refogar um pouco de cebola picada no azeite, acrescentar as ovas e ir mexendo com a espátula para desmanchá-las. Depois, joga-se farinha de mandioca aos poucos e, no fim, salsinha e sal.

A tainha assamos inteira no forno.

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