Levou quase quatro anos para eu assistir a essa produção mais recente do diretor dinamarquês Thomas Vinterberg. Conheci seu trabalho com o tenebroso Festa de Família, que foi o primeiro filme a seguir o Dogma 95, manifesto que proibia trilha sonora, iluminação artificial, entre outros artifícios. Depois, vi A Caça, que tem dois dos atores de Druk.
Este é o filme mais convencional dos três, sem nada que quebre o naturalismo da narrativa. Quatro professores de uma escola experimentam manter um nível constante de embriaguez para se sentirem melhores. No começo, dá certo: as aulas ficam mais animadas e os alunos, mais motivados. Depois, claro, o caldo entorna.
Seria uma história divertida, não fosse pelas cenas que sugerem quatro adolescentes tardios. Sobra para as esposas cuidarem dos maridos que de repente acham que a vida é só festa e alegria. E apesar do cartaz brasileiro trazer escrito “um tributo à amizade”, o final é dúbio.
A pintura
Como não embarquei na leitura otimista do filme – achei-o até um tanto deprimente – decidi por uma arte mais pesada, que não deixasse dúvidas sobre o que eu acho que é o tema de fundo. E sem adiantar nenhuma cena a quem ainda não assistiu.
No fim, foi só acrescentar uma pitadinha de Luba Lukova, umas gotas de Shigeo Fukuda e um pouco da taça de vinho do Cassandre.
No próximo cartaz, deixo a Dinamarca rumo ao Japão.
Sobre o cartaz
Este exercício é parte de uma série a que me propus em 2024: imaginar um cartaz para cada filme que eu assistir. Este é o terceiro.
- iPad e Apple Pencil
- App Procreate
- 3.350 × 4.960 px
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