Desenhar imóveis ameaçados de demolição está virando tema recorrente do Urban Sketchers Florianópolis. Quando ficamos sabendo que uma edificação de valor arquitetônico está abandonada ou foi arrematada por uma construtora, tratamos de registrá-la antes que vire poeira.
É o caso deste casarão ao lado do Hemosc, no número 140 da rua Coronel Lopes Viêira, no Centro de Florianópolis. Ele abrigou a Fundação Cultural Arte.Dança de 2006 até o ano passado, quando veio o aviso de que os proprietários venderam o imóvel.
O estilo da casa é o que chamam de “neocolonial”, movimento do início do século 20, que antecedeu o modernismo. Quem não mora naquela região do Centro nem tem motivo para ir lá com frequência vê os poucos imóveis que restam desses estilos sumirem a cada visita.
Seria mais um encontro virtual por causa da pandemia, em que os participantes desenham usando o Google Street View como referência. Mas Carol Grilo e eu apostamos que no sábado à tarde o lugar estaria vazio.
Deu certo. Só meia dúzia de pessoas passaram por nós. Nenhuma delas parou para conversar ou aproximar a cabeça (e as narinas) para bisbilhotar nossos cadernos. E fazia um dia típico de outono, de céu azul e temperatura agradável.
Em breve, a casa ficará na memória das alunas e professoras do instituto, e também nos desenhos feitos no encontro. Quem se guiou pelo Street View ainda conseguiu um registro completo. Nós, que fomos ao local, nos deparamos com as janelas do piso inferior interditadas por placas de compensados.
- Lapiseiras 5,6 mm com minas tipo crayon nas cores sanguínea, preta e branca
- Papel kraft 32 x 24 cm 110 g/m²
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