• No Correio, espaço e tempo são relativos

    No Correio, espaço e tempo são relativos

    No final do ano passado, enviei quase cem postais a conhecidos no Brasil e no exterior. Os primeiros destinatários receberam a entrega na semana depois do réveillon, como eu esperava. Outros, nas semanas seguintes, o que ainda foi um prazo razoável. Eu estava bem ciente que ninguém mais manda cartas e que eu estava tentando…

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  • Banco de táxi é o divã do motorista

    Banco de táxi é o divã do motorista

    Foi em outra viagem de táxi, também a trabalho, que uma colega matou a charada: o banco do motorista é um divã de psicanálise. O condutor fica sentado de costas para alguém que o escuta e lhe faz perguntas. Assim, entre lombadas e cruzamentos, ele vai se sentindo à vontade para desenterrar dramas familiares, amores…

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  • Nos cafés, o silêncio

    Nos cafés, o silêncio

    Todas as empresas em que trabalhei na vida eram do tipo planta aberta, sem paredes, vidros nem divisórias separando as mesas. É um bom arranjo para consultar o colega ao lado ou pescar coisas no ar sem perguntar. Mas, quando você precisa se concentrar para ler as trinta páginas de um documento técnico ou editar uma…

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  • Museu Victor Meirelles expõe 48 artistas mulheres

    Museu Victor Meirelles expõe 48 artistas mulheres

    Quem me conhece também conhece Carol Grilo, com quem divido a vida e as inspirações artísticas. Ela estará com seus trabalhos de fotografia e bordado na exposição Arte: Substantivo Feminino, que o Museu Victor Meirelles abre na próxima quarta-feira (19/2), às 19h. São 48 artistas, cada uma com sua própria técnica e pesquisa. O museu…

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  • Do bar parisiense às carteiras escolares: a história de um cinema de rua

    Do bar parisiense às carteiras escolares: a história de um cinema de rua

    A escuridão invade o salão. Raios de luz entram pelas frestas e revelam a poeira suspensa. Insetos caminham pelas mãos. Crianças e adolescentes gritam. O assoalho de madeira range, reclamando de cada passo. Não são cenas de um filme de terror. São minhas lembranças do Cine Ritz, que passou por meio século de mudanças na…

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  • Aqui era um inferninho

    Aqui era um inferninho

    Deve existir um conjunto de normas para se construir inferninhos de rock em Florianópolis, porque não é possível que sejam todos iguais só por coincidência. Imagino que nessas normas estaria especificado que eles têm de ser construídos em madeira (que é inflamável) com entrada diminuta e escondida (que dificulta a saída em uma emergência e…

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  • De pérolas e cicatrizes

    De pérolas e cicatrizes

    Em 2023, parei de fazer minha retrospectiva anual dos livros, quadrinhos e filmes, mas De perlas y cicatrices, livro do chileno Pedro Lemebel, foi a surpresa de 2024 e vale o registro. A obra foi uma indicação de um casal de amigos de Santiago. Entramos com eles em uma livraria no bairro de Ñuñoa que…

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  • Um 2025 bem percorrido

    Um 2025 bem percorrido

    Que você atravesse 2025 sem pensar em saúde. Quando tudo está bem, a gente esquece que existe doença e acidente. Que cada um dos 365 dias do ano passe sem que você se dê conta. Quem faz o que gosta não conta o tempo. Que os encontros – planejados ou imprevistos – aconteçam e que…

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  • O retorno do cartão de ano novo (em papel)

    O retorno do cartão de ano novo (em papel)

    Resolvi retomar um hábito que parei há vinte anos: o de enviar cartões de ano novo. Impressos. Pelo correio. Pode me chamar de saudosista, perdulário ou antiecológico, mas trabalho como designer de UX há mais de dez anos e sinto falta da simplicidade e da liberdade de imprimir em papel. O costume vem da época…

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  • Como filho orgulhoso que sou, recomendo a exposição ‘Cenas do Cotidiano’

    Como filho orgulhoso que sou, recomendo a exposição ‘Cenas do Cotidiano’

    Faz uns vinte anos que meus pais, Julia Iguti e Antônio C. Silva, passam as tardes de quinta-feira às voltas com instrumentos afiados e blocos de madeira. São os materiais da xilogravura, técnica onde desenhos são gravados em uma matriz de madeira, MDF ou linóleo, que depois é entintada e impressa em papel. É a…

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  • 4 Estações para quatro décadas

    4 Estações para quatro décadas

    No próximo sábado (16/11), o artista Gunther Ishiyama abre a exposição A4 Estações no Estúdio Lâmina, em São Paulo. Convidar amigos artistas que têm acompanhado sua vida e carreira foi a maneira dele celebrar 40 anos. Como admiradores das pinturas e desenhos de Gunther – com quem sempre damos um jeito de nos encontrar quando…

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  • Lembranças esquecidas pelos corredores da casa

    Lembranças esquecidas pelos corredores da casa

    “Palácio da memória” é uma técnica que consiste em imaginar uma casa real ou imaginária e associar cada item que não se quer esquecer a um cômodo, corredor ou escada. A ideia é que, ao percorrer mentalmente os ambientes, a pessoa consiga recuperar as informações que guardou. Sei de antemão que comigo isso não daria…

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