O Memorial da Anistia, iniciativa que reúne documentos de entidades que lutaram pela causa, guarda em seus arquivos um acervo de cartazes da época.
Há peças que hoje ainda causam impacto, com mensagens diretas e layout criativo. Outras são amadoras. Mas em todas, sente-se a urgência, mesmo vistas hoje fora de contexto.
Um dos itens mais interessantes, assinado pelo Movimento Feminino pela Anistia no Brasil, é claramente inspirado na obra Burocracia (1978), da artista visual Anna Bella Geiger, exposta recentemente no Museu de Arte de São Paulo – Masp.
A anistia, que não deve ser entendida como “esquecimento”, foi uma luta para “devolver à liberdade todos aqueles que o regime ditatorial criminalizou”. Manobras políticas posteriores acabaram por distorcer o conceito e impediram o julgamento de militares envolvidos em assassinatos e torturas de brasileiros. Se houvéssemos dado o devido destino a criminosos de farda, como fizeram nossos vizinhos sul-americanos, teria sido um recado claro para impedir gente que nunca teve um trabalho honesto na vida de falar asneiras.
A indicação do site saiu agora, em abril, no artigo 5 links para entender a ditadura brasileira, da revista Quatro Cinco Um, quando completam-se 57 anos do Golpe de 64.
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