Mostrar trabalhos artísticos em um evento é um bom aprendizado. Primeiro, porque tem a reação das pessoas — elas param para olhar? Que tipo de obra chama mais a atenção?
Foi nesse espírito que aceitei o convite para expor meus trabalhos de caligrafia na Feira de Artes de Florianópolis, que eu já frequentava, para ver a produção dos artistas da cidade. Ela acontece todos os sábados na Casa do Teatro do Grupo Armação, no Centro de Florianópolis. As edições têm sido temáticas. A do dia 19, da qual participei, foi a décima e era dedicada às artes gráficas – impressos, tipografia e gravura.
Além de ser um bom termômetro pra minha produção, fiz contato com os outros artistas que estavam expondo, vários deles que eu não teria achado nas rede sociais, tão cheias de distrações. Encontrar pessoas conhecidas, mas que não sabiam que eu estava metido com caligrafia, também rendeu assunto.
Interessante foi ter conversado com ao menos três visitantes que contaram sobre um pai, avô ou tio alemão (ou descendente) que dominava a caligrafia no estilo gótico ou cursivo. Um deles me falou que era o avô quem sempre fazia os convites de casamento e de outras cerimônias da família no Brasil.
Sabendo que a caligrafia ultimamente tem tido um certo componente performático, me ocorreu de levar alguns vídeos mostrando como fiz algumas obras. Deu certo: chamaram a atenção e foram um bom motivo para puxar conversa. Quem sabe da próxima vez não faço um trabalho na hora?
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