Exposições de caligrafia são raras aqui em Florianópolis. Porém, uma mostra durante o 18° Congresso Mundial da União Internacional de Antropologia e Ciências Etnológicas (IUAES), de 16 a 20/7, trouxe trabalhos difíceis de se ver em outra oportunidade.
Expostos no hall do centro de eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), os cinco originais de caligrafia foram feitos na escrita Yi, usada pela etnia de mesmo nome que vive em regiões montanhosas da China. Tanto escrita como o idioma são diferentes das variantes principais do chinês, como o mandarim e o cantonês. Enquanto os caracteres chineses são ideogramas, o sistema Yi é um silabário.
A técnica, com pincel e nanquim, parece similar à da caligrafia oriental. Quase todos os trabalhos têm texto em ideogramas chineses ao lado do texto principal na escrita Yi. Em um deles, o calígrafo parece ter sobreposto caracteres dos dois tipos. O conjunto de obras foi feito por ao menos três artistas, a julgar pelos estilos e carimbos de assinatura.
Além das caligrafias, painéis impressos, roupas e um conjunto de chá mostravam a história, costumes e geografia do povo Yi e das províncias chinesas de Yunnan, Ghizhou e Sichuan, onde habitam. Havia ainda um painel sobre o papel de Jinghua Wu na introdução do ensino bilíngue na região.
A exposição tem um título longo: Aprendizado dos conhecimentos da montanha para a construção curricular: uma exposição sobre a ecologia particular, a arte farmacêutica, músicas e costumes do Himalaia Hengduan Tibetano – Corredor Yi.
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