Em 2004, a primeira versão do meu site foi ao ar com três categorias: fotografia, pintura e ilustração, que eram meus interesses na época. Eram tempos em que eu costumava pegar encomendas de ilustrações, pintava telas em acrílico e de vez em quando saía para fotografar. Quatro anos mais tarde, fiz uma reforma e incluí trabalhos de design gráfico.
Lembro que investi um bom tempo separando os trabalhos em galerias. Como na época existiam poucos sistemas prontos, chamei meu primo programador para criar um publicador de galerias e artigos. Fiz o design, ele implementou, registramos o domínio ivanjeronimo.com.br na Unetvale e o troço saiu.
Avançando quinze anos para os dias de hoje, percebo algumas mudanças:
- Desde 2011 trabalho na Fundação Certi como desenvolvedor de interfaces, uma das razões que me fez suspender encomendas de design gráfico (exceto as que faço para mim, afinal, todo mundo precisa de um designer uma hora ou outra).
- A fotografia se tornou ao mesmo tempo mais descompromissada e mais prática. Descompromissada porque o smartphone está sempre no bolso. E mais prática porque uso a parafernália de fotografia só para documentar meus próprios trabalhos ou registrar o que considero importante. Quem sabe um dia volto aos retratos e fotos urbanas, meus temas mais comuns.
- Interrompi minha “altamente lucrativa” carreira de ilustrador ocasional e hoje rabisco sem ganhar nada, em sessões de modelo vivo, nos encontros do Urban Sketchers Florianópolis, nos cadernos e no tablet.
- Parei também com a pintura, mas já prometi a mim mesmo que volto.
- Em compensação, comecei a praticar caligrafia regularmente e com um progresso que eu não achava que seria tão rápido.
Faz um tempo, me questionei se ainda é importante ter um site próprio e cheguei à conclusão que sim, por uma razão simples: independência. Não recomendo ficar à mercê do funcionamento de qualquer rede social para ter seu trabalho exposto. Uma hora a conta chega, geralmente na forma de uma oferta tipo “pague ou ninguém vê o que você publica”.
Hoje uso um sistema feito para fotógrafos, o Koken, que tem a vantagem de ser focado em imagens. Por outro lado, está há quase dois anos sem receber atualização, o que me preocupa um pouco. Também testei por um tempo o Known, que lembra o Tumblr por mostrar textos e imagens em um feed único, mas faltavam alguns recursos que eu precisava.
E se a produção tomar outro rumo, basta reformular as galerias ou, em caso mais dramático, recomeçar com uma folha em branco.
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