Semana passada, tive uma obra de caligrafia publicada na coluna que o designer e produtor cultural Sandro Clemes mantém na revista Versar.
No texto, ele identifica que artistas visuais estão usando cada vez mais letras e palavras em seus trabalhos. O recurso adiciona novos significados ou entra como elemento de composição. “Tanto em obras de denúncia, nas crônicas ou em declarações de amor, em verso ou prosa, reproduzidas com rigor ou em formas abstratas, as palavras, estejamos certos, são imagens”, escreve Clemes.
O trabalho que ilustra a nota “Inscrituras do Gesto” é parte de uma série em que experimentei com forma e composição, desmontando as palavras ou dispondo-as sem preocupação com legibilidade. Na obra, cujo original está com o colunista, escrevi fragmentos de letras dispostos em uma forma triangular usando tinta nanquim e tira-linhas. Me interessava mais a qualidade gestual dos traços.
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