Faz uns vinte anos que meus pais, Julia Iguti e Antônio C. Silva, passam as tardes de quinta-feira às voltas com instrumentos afiados e blocos de madeira. São os materiais da xilogravura, técnica onde desenhos são gravados em uma matriz de madeira, MDF ou linóleo, que depois é entintada e impressa em papel.
É a simplicidade da técnica e suas possibilidades de expressão que tornam a xilogravura popular e atraem artistas de vários matizes, do abstrato ao ilustrador, do meticuloso ao rústico.
Os encontros das quintas são orientados por mestre Bebeto na oficina de gravura do Centro Integrado de Cultura (CIC). Nos últimos meses, o esforço tem sido preparar obras para a exposição “Cenas do Cotidiano”, que abre na próxima sexta-feira, 13/12, às 19h.
São 45 gravuras das alunas e alunos de Bebeto, que também assina a curadoria. Além de meus pais, a lista inclui Virgínia Alves, Elaine Maritsa, Helena Werner, Milton Cazelatto e dezenas de outros.
Vai ser a oportunidade de ver o que minha mãe e meu pai andam produzindo. Comigo, fazem suspense.
Serviço
Cenas do Cotidiano
Exposição de xilogravuras
Abertura: 13 de dezembro de 2024, sexta-feira, às 19h.
Visitação de terça-feira a domingo, das 10h às 21h, até 14 de fevereiro de 2025.
Espaço Oficinas – Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Governador Irineu Bornhausen, 5.600, Agronômica – Florianópolis, SC (mapa)
Entrada gratuita
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